Senti o tempo parar
Solto me perdi
Em devaneios sutis
Peguei o ônibus
E viajei, sem destino
Com vontade de sair
Sem pressa de chegar
Um sábado a tarde
Contemplei a cidade
Um momento vazio
A vida devagar
Rostos, sorrisos
Olhares longos, cativantes
Expressões simpáticas
Gesto que se permite
Sigo sem objetivo
Sem meta, sem final
Simplesmente vou
Assim, sozinho estou
Meu olhar se derrama
Sobre as pessoas que encontra
O que procuro em cada olhar?
Não ouso revelar
Talvez encontrar, em outro lugar
O que perdido ficou
Em um tempo que passou
Gravado em meu olhar.
Raimundo (22:48 horas de 20/11/2010)
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