segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ser Espírita


" Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más".
Allan Kardec "O Evangelho segundo o Espiritismo" - Capítulo XVII, item 4 § 5
Se consultarmos o dicionário ele nos indicará tratar-se de pessoa vinculada ao Espiritismo. Se perguntarmos a quem não é espírita, uns ironizam (dizendo por exemplo que os espíritas "mexem" com os mortos), outros temem, outros permanecem indiferentes. Se indagarmos aos próprios espíritas, uns dirão que é ir ao Centro, tomar passe, ouvir ou fazer palestras, ler livros. Outros dirão que é fazer caridade. As respostas serão várias, mas todas incompletas. O melhor então é buscarmos nos livros da própria Codificação, a partir de O Livro dos Espíritos.
Em O Livro dos Espíritos, na conclusão (item VII), o Codificador apresenta uma classificação dos adeptos:
  • Os que acreditam; 
  • Os que acreditam e admiram a moral espírita; e 
  • Os que crêem, admiram e praticam. Segundo Kardec, esses últimos são os verdadeiros espíritas, ou os espíritas cristãos.
No livro O Céu e o Inferno, que apresenta coletânea de inúmeras comunicações de espíritos nas mais diversas condições, há uma manifestação interessante de espírito que se encontra classificado como Espírito feliz, fruto de uma conduta digna quando na Terra. Trata-se do espírito identificado pelo nome de Jean Reynaud. Indagado se na vida física ele professava o Espiritismo, respondeu: "Há uma grande diferença entre professar e praticar. Muita gente professa uma Doutrina, mas não pratica. Pois bem, eu praticava e não professava."
Professar significa reconhecer publicamente, declarar-se adepto, dizer de si mesmo, fazer propaganda da idéia. Pois bem, aí está a chave da questão. A situação de felicidade do Espírito devia-se à vivência dos princípios do Espiritismo, mesmo sem conhecê-lo.
Breve consulta ao capítulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo no item O Homem de Bem e Os bons espíritas, faz compreender que as características coincidem com os preceitos morais que justificam a denominação de espíritas cristãos, conforme definição do próprio Codificador, pois aí surge a figura do espírita praticante. 
A questão pode ser fechada com trecho do Espírito Simeão, constante do capítulo X - do mesmo livro citado no parágrafo anterior -, item 14. No último parágrafo, diz o Espírito: "(...) Se vós vos dizeis espíritas, sede-o pois; olvidai o mal que se vos pôde fazer e não penseis senão uma coisa: o bem que podeis realizar. (...)".
Ora, o trecho transcrito bem indica o programa de vivência espírita. Para colocá-lo em prática, há que se esforçar para vencer as más tendências e ainda ocupar-se de fazer o bem. Eis o que é verdadeiramente ser espírita: a adoção dos preceitos morais como diretrizes da própria conduta ou o esforço para a eles se adaptar. O ser espírita é mais uma questão de foro íntimo, que de aparências externas.
Segunda Alan Kardec, define-se o verdadeiro espírtita pela citação: " Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más".
Allan Kardec "O Evangelho segundo o Espiritismo" - Capítulo XVII, item 4 § 5
Na prática o espírita deveria ssim proceder:
Quando tudo parece conspirar contra a felicidade almejada, o espírita será sempre aquele que erguerá os olhos para a face risonha da Vida que o antoja, superando o momento aziago com alegria, confiança em Deus, serenidade, bondade e amor...
O Espírita-Cristão, não carece ser na sociedade em que vive, um ser exótico, diferente dos demais, senão na consciência reta e pulcra no fiel comprimento dos deveres que lhe são próprios.
A Divina Sabedoria que rege nossos destinos, é perfeita em todos os sentidos e observando nossa condição de Espíritos Eternos, acalenta-nos em seu Amor Infinito e incondicional, preceituando para cada um de nós: saúde e não doença, conciliação e não discórdia, paz e não desequilíbrio, tolerância e não intransigência, alegria e não tristeza, esperança e não desânimo, perdão e não ressentimento, êxito e não fracasso, coragem e não fraqueza, fé e não medo destrutivo, disciplina e não desordem, progresso e não atraso.
A Doutrina de Jesus, se resume toda no amor e nos ensina a caridade, a justiça, a humildade, a paciência, a abnegação, o perdão e a resignação dinâmica que sabe agir no momento certo, jamais se amolentando na indiferença ou no desânimo...
O perdão oferecido pelo verdadeiro espírita, é aquele que brota das mais profundas anfractuosidades do coração e faz olvidar por completo as ofensas recebidas.
Os Espíritos amigos exoram:
"Pregai, exemplificando, a Caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou, substituindo a cólera que conspurca pelo amor que edifica; sede probos, leais e conscienciosos, fazendo sempre aos outros o que quereis que vos façam; amai sem escravizar-vos e sem escravizar".
Espiritismo!... Que além de ser Ciência, Filosofia e Religião, é também poesia!...
"Felizes dos que te conhecem e tiram proveito de seus ensinos!..."
Alguns espíritas se preocupam muito em “Ser Espírita” e se esquecem do principal: o trabalho, o amor, a caridade.
Muito mais importante que ser espírita é ser caridoso. E tem muita gente por aí que não é espírita e é mais caridoso do que aqueles que discutem se são ou não espíritas.
Alguns espíritas se cobram muito e fazem pouco, quando deviam fazer muito, assim não lhes restaria tempo para ficarem se cobrando, já que estão servindo.
Como disse Gandhi: “Que a nossa mensagem seja a nossa própria vida.”
Assim deveriam ser os espíritas, calados e praticantes, reconhecidos pelas obras e não por sua religião, que sinceramente para Deus não importa qual seja.
Acho que quando ele compreender isso, o espiritismo vai realmente romper fronteiras, mas as fronteiras do coração, não a das religiões.
O espírita se cobra porque é cobrado, e é cobrado porque não faz muitas vezes o que deveria fazer, embora saiba o que deva ser feito.
Quando ele for trabalho, amor e caridade, e não vai ser cobrado e vai ser reconhecido como espírita, aí sim ele vai poder dizer a si mesmo e a mais ninguém :
Sejamos pois espíritas nas vinhas de Deus, onde o trabalho urge e é tão necessário.
Fiquem com Deus.
 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Comunicações Mediúnicas - Aspectos Importantes.

Está certo que alguns artigos, sites e boletins já haviam questionado o caos das comunicações mediúnicas. Inclusive nós, ao comparar o correio eletrônico com o mediúnico, concluímos sobre a dificuldade em se identificar com segurança o autor. Porque, conforme garantiu o mestre Kardec, "se uma pedra for evocada em uma reunião mediúnica, podemos ter certeza de que ela irá responder".(1)
Tendo chegado a um momento delicado, em que espíritos mantêm até blogs (!!) para a divulgação de ideias bizarras, que espalham-se sob a assinatura de nomes respeitáveis do movimento espírita, é mais que oportuna a mensagem de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada em abril deste ano por Divaldo Pereira Franco. Em “Advertência aos médiuns”, publicada na revista Reformador (julho de 2009), Philomeno explica o que está cada vez mais claro: diversos médiuns estão orientando sua atividade mediúnica pela vaidade, autopromovendo-se e divulgando intensamente pretensas novas revelações. A consequência dessa fascinação, para os médiuns, instrumentos voluntários da confusão, não é tão somente a ilusão do aplauso e a frustração de falhar na mais importante tarefa de suas atuais encarnações. Terão de responder por maiores estragos, que têm alcançado a divulgação e o movimento espíritas de forma nociva. Médiuns que detêm suas próprias editoras dão livre curso a ideias bizarras e personalistas, que nada têm a ver com o Espiritismo, mas que são estrategicamente organizadas para que o erro se misture com o acerto. Quanto ao fundo, são ideias que desfiguram o Espiritismo, forçam uma permissividade com relação à manifestação mediúnica e fazem das lições transformadoras do Evangelho uma coleção confusa de regras, à maneira da autoajuda, o que já faz com que certos agrupamentos tenham todo o aspecto de uma seita, que seguem um líder - o médium - e não a doutrina que, em última análise, não está presente.
Esse é o contexto para o qual Manoel Philomeno intenta alertar, com a autoridade que lhe cabe no assunto.
As críticas, é claro, não têm sido muito bem recebidas por médiuns e simpatizantes das novas “revelações”. E isso é muito estranho, porque deveríamos nos importar com a Verdade – com letra maiúscula –, ou seja, com o conhecimento da realidade, e não com a adequação das teorias segundo nossas preferências. Afinal, deve ser triste acreditar na mentira. Porém, algo faz com que a crença em uma ideia ou teoria torne-se parte da emoção do seguidor. Por isso, ir contra suas ideias tem o mesmo efeito de questionar suas emoções.
O esclarecimento é necessário e urgente. O espírita tem a obrigação de refletir sobre o que lê e ouve, buscando também conhecer as análises que são feitas sobre as novidades mediúnicas, porque, caso contrário, poderá estar sob forte engano, o que será uma grande perda de tempo.
Médiuns sob perigo (ESPETACULAR)
O médium sincero, escreve Philomeno, está sempre em perigo, mais do que qualquer outro trabalhador da seara. Torna-se inimigo gratuito de espíritos inferiores, dedicados ao mal, contrários a todos que “lhes pareçam ameaçar a situação em que se encontram”.
Desde os primeiros estudos na mocidade espírita ouvíramos que o médium não é um imã, um atrator de espíritos errantes. Não é mesmo. O que atrai espíritos é a semelhança de pensamentos e sentimentos, seja qual for a qualidade. Portanto, todos atraímos espíritos. Entretanto, Philomeno refere-se à situação oposta, em que o médium é atraído para as armadilhas que poderão atrapalhar sua atividade mediúnica. Nesse caso, o médium é o alvo e o instrumento da perturbação.
Sobre as atuais “revelações”, que não resistem a uma simples análise, Philomeno afirma:
“Examinar com cuidado as comunicações de que se faz portador, evitando a divulgação insensata de temas geradores de polêmica, a pretexto de revelações retumbantes, e defendê-los, constitui inadvertência e presunção, por considerar-se como o vaso escolhido para as informações de alto coturno, que o mundo espiritual libera somente quando isso se faz necessário”.
Embora a euforia e a “paixão” que o assunto tem gerado, é preciso refletir e analisar, o que os “novos reveladores” também não deixam de aconselhar.
Estamos todos vivendo sob o risco do erro, do engano ou da perda de tempo. Inclusive quem escreve essas linhas pode também tropeçar, assim como acredita que há erro nas ideias de determinados espíritos. Deve haver liberdade para a aceitação ou a rejeição.
Para uns e outros, porém, não haverá desculpas, a advertência está no ar.
1 O Livro dos Médiuns, capítulo XXV (Das Evocações), item 283.
Por RONI COUTO

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Trabalho em Cristo


Paz de Jesus,
Aos queridos irmãos, trabalhadores do Cristo, paz perene.O trabalho na seara do Mestre, exige, esforço, dedicação, e amor.
É preciso renunciar a muitas coisas que nos parecem importantes, para vivenciar os trabalhos da seara Cristã.
Coragem irmãos, as dores, as dificuldades parecem assumir proporções gigantescas, mas é menor que o trabalho de caridade e amor dos nossos irmãos, deste e do outro plano, que se reveste dos mais belos atos de amor.
Muita paz a todos, força e alegria à serviço do bem comum.

Psicografia recebeido em 10 de maio de 2011, em reunião mediunica no Núcleo Espírita Lar Maria de Nazaré pela medium Celeste

Qual a Maior Virtude de Todas?

“Qual é a mais meritória de todas as virtudes?”
 Esta indagação foi feita aos orientadores espirituais e está registrada em O Livro dos Espíritos, como questão 893. 
A resposta não deixa dúvidas: “Todas as virtudes têm seu mérito próprio, porque todas são sinais de progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária à atração das más tendências. Mas o que há de mais sublime na virtude é o sacrifício do interesse pessoal pelo bem do próximo, sem segundas intenções. A virtude mais meritória é aquela fundada na mais desinteressada caridade.”
Resta-nos, agora, definir e compreender o que é caridade. Já não mais podemos confundi-la com a esmola, depois das orientações trazidas pelo Espiritismo.
A caridade é exercida em cada movimento, em cada atitude, quer em relação a terceiros quer em relação a nós mesmos. É até comum nos esquecermos da autocaridade, quando descuidamos da saúde, do indispensável repouso, do equilíbrio alimentar e entramos em desvarios mentais que nos causam os conhecidos estresses e depressões.
Para que essa caridade tenha sucesso, a virtude, mencionada no título deste despretensioso escrito, é das mais importantes: PACIÊNCIA! Quantas vezes nos perdemos pela impaciência, desistindo de tentar mais um pouco, de manter a confiança e serenidade por mais um tempo, sem desistir de algum objetivo. Ele pode ser a vitória sobre a irascibilidade, a tolerância com alguém difícil, a aceitação da enfermidade que nos aborrece, a persistência na educação de um filho rebelde, o equilíbrio no trânsito ou a conformação ante as dificuldades da vida.
Em nosso livro “Modo de Ver”, da Casa Editora O Clarim, temos uma página que diz Paciência, a ciência da paz. Argumentamos que, embora etimologicamente paz e ciência nada tenham a ver com paciência, sem dúvida, a paciência é a ciência que nos leva à paz.
A paciência nos é ensinada pela natureza. Qualquer planta espera, pacientemente, o tempo certo para dar flores e depois produzir frutos. O feto espera nove luas para depois nascer. Tudo na hora certa. Nosso coração bate uma vez e espera que o sangue percorra o caminho devido para, depois, bater novamente, num trabalho de décadas, sem que ele se aborreça com a rotina. O mesmo se dá com a respiração, com a digestão, que mostram a paciência da natureza em relação a nós.
Imaginemos se Deus não tivesse paciência com seus filhos. Manda um emissário à Terra para ensinar-nos; manda outro e mais outro e nós continuamos turrões ante os conselhos de seus enviados, todos eles visando a nossa felicidade. Mas Deus nunca desiste. Afinal, foi Ele quem inventou a paciência!
A falta de paciência gera a irritabilidade e o consequente nervosismo; desequilibra-nos o organismo, produzindo úlcera, gastrite, hipertensão, angina, infarto, vitiligo, baixando a imunidade e até interferindo nas células que terminam cancerosas. Isso no corpo físico.
Se analisarmos sob o prisma espiritual, veremos que a impaciência abre portas para processos obsessivos, dada à sintonia com espíritos inferiores que se comprazem ante a nossa infelicidade. E, à medida que o processo se instala, vai ficando mais intenso e crônico, dificultando a reversão para retorno ao equilíbrio.
Quando ficamos impacientes, seja com algo ou alguém, busquemos desviar o pensamento, sintonizando com algo bonito, ouçamos a música preferida ou usemos outros recursos que nos ajudem a desviar a atenção daquilo que consideramos problema. Partamos do princípio de que tudo tem solução. Até a morte é uma bela saída para interromper, muitas vezes, vidas inúteis ou desregradas. Lembramos uma trova sobre a morte, de Djalma Andrade, aquele poeta de Congonhas do Campo-MG, que diz: A morte é a bela enfermeira/vem sem a gente chamar/e cura sempre as feridas/que ninguém soube curar. Ou a outra, do mesmo autor: A morte é a melhor das aias/sem ser chamada aparece/e é tão lindo o que ela canta/que a gente logo adormece.
Paciência depende de um aprendizado lento e contínuo. Só vem quando se tem fé. Mas, como tudo o que incorporamos ao inconsciente espiritual é nosso, é inalienável, qualquer esforço vale a pena, porque é o tesouro que o ladrão não rouba, a traça não come e a ferrugem não destrói. Quem, numa encarnação, incorporar em si uma das virtudes – paciência, humildade, desprendimento, solidariedade, resignação, etc. – fica dono dela por toda a eternidade. Por que imaginamos que Chico era daquele jeito? Porque ele treinou, em encarnações passadas, uma coisa em cada uma delas. E, tenham certeza, não foram poucas as suas vidas de aprendizado.
Paciência não se compra em farmácia. O que lá se compra é calmante, que nada mais é do que paciência artificial. Para usar um termo atual, é paciência pirata. A verdadeira e conquistada paciência evita crimes, insucessos, inimizades, injustiças, arrependimentos, mágoas, enfermidades e tantas outras dores. Perseverar sempre mais um pouco, antes de perder a paciência, é sabedoria; mesmo porque ninguém pode perder o que não tem!
É difícil, mas vale a pena.
RIE - Revista Internacional de Espiritismo - maio 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

O Poder da Doçura


O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. 
Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior. 
O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes. 
A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras.
Descobriu, finalmente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosas formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo. 
De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, Prêmio Nobel de Literatura de 1913: 
Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir. 

* * *

Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas. 
E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conseguem. São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante.
Enquanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo. 
E conseguem modificar muitas coisas. Um sábio exemplo foi de Madre Teresa de Calcutá.
Antes dela e depois dela tem se falado em altos brados sobre miséria, fome e enfermidades que tomam comunidades inteiras. 
Ela observou a miséria, a morte e a fome rondando os seus irmãos, na Índia. Tomou uma decisão. Agiu. Começou sozinha, amparando nos braços um desconhecido que estava à beira da morte nas ruas de Calcutá. 
Fundou uma obra que se espalhou, com suas Casas de Caridade, por todas as nações. 
Teve a coragem de se dirigir a governantes e homens públicos para falar de reverência à vida, de amor, de ação.
Não gritou, não esbravejou. Cantou a música do amor, pedindo pão e afeto aos pobres mais pobres. 
Deixou o mundo físico mas conseguiu insculpir as linhas mestras do seu ideal em centenas de corações.
Como a água mansa, ela cantou nos corações e os conquistou, amoldando-os para a dedicação ao seu semelhante.
* * *

Há muito amor em sua estrada que, por enquanto, você não consegue valorizar...
Busque se aplicar no dom de ver e, vendo a ação da presença do Criador, que é amor, na expressão mais alta, como conceituou o Apóstolo João, faça de sua passagem pelo mundo um dia feliz. 
Se você espera ser útil e desaprova a paralisia do coração, procure amar, porque todos os mistérios da vida e da morte se encontram no amor... pois o amor é Deus!

 Redação do Momento Espírita, com pensamento finais do cap. 22 do livro Rosângela, pelo Espírito homônimo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.



Em 26.04.2011.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Luz Divina

Luz Divina,
aquece os corações frios de amor.
Luz de paz,
aquece aqueles que vivem em guerra,
consigo e com todos.

Luz da vida,
aquece a alma que dorme na ignorância.
No desamor, e na indeiferença.

Luz de todos,
Luz da luzes.
Brilha como o nono Sol,
que aquecerá a nova humanidade.

Angélica.

Psicografia recebeido em 10 de maio de 2011, em reunião mediunica no Núcleo Espírita Lar Maria de Nazaré pela medium Celeste

Navio Negreiro

Esse navio que parte,
levando negros fugidos.
Entrando na escuridão,
de um grande precipício.

São navios negreiros !
Quando de longe avistei,
carregando grandes almas.
Que se perdem,
em um grande, e pequeno momento.

Talvez levam desilusões,
humilhações.
Mas sabiam que no seu coração,
carregavam um grande Deus.

Luz Sempre.

Psicografia recebeido em 10 de maio de 2011, em reunião mediunica no Núcleo Espírita Lar Maria de Nazaré pela medium Eliane.


Mão Amiga


Por onde andei,
só tristeza avistei.
Por onde andei,
eu nem mesmo sabia !

Despercebido me encontrei,
jogado no lamaçal da escuridão.
Foi quando uma mão amiga,
Me trouxe aressureição,
de uma vida entrestecida.

Comecei a me perceber,
e de braços cruzados,
não vou mais parecer.

Pois a vida continua,
antes mesmo,
de se perceber morrer.

Psicografia recebeido em 10 de maio de 2011, em reunião mediunica no Núcleo Espírita Lar Maria de Nazaré pela medium Eliane.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Timoneiro


A quem atendemos
No caminho que seguimos
Na vida que escolhemos?
Aos impulsos da vida biológica?
As carências forjadas na infância?

Quem é nosso guia
Nesta vida que nós temos?
A cultura que nos deram
O conhecimento que buscamos
Os valores que herdamos?

Procuro me encontrar
E responder essa questão
Mas a resposta não vem
Ao meu carente coração
Assim, prefiro acreditar
Que acima de tudo, tenho
Guiando meu pobre eu
As benditas mãos de Deus

Raimundo (00:05 horas de 09/05/2011

Pelos Fios da Prata


Gostaria de ter dito
Que vi e admirei
Seu novo penteado
Seu cabelo ajeitado
Mas não é só do cabelo
Que gostaria de falar
Seu corpo também cintila
No seu modo de andar

É encanto, é beleza
Suavidade e leveza
Gosto de seu falar
Não se aborreça
São sinceras as palavras
Exteriorizam sentimentos
Que do coração viajam
Em momentos de sintonia
Por invisíveis fios de prata
Que povoam o universo
Que ligam nossas almas
Raimundo (00:38 hs de 09/05/2011)

Os Primeiros Lugares

Conta uma brasileira, que foi trabalhar algum tempo na Suécia, que várias vezes fez comparações entre suecos e brasileiros.

A forma de resolver problemas, a maneira de conduzir determinadas dificuldades no ambiente de trabalho, etc.

Nessas suas observações, concluiu, em um primeiro momento, que os suecos tinham alguns comportamentos muito próprios.

Em verdade, ela jamais imaginara que com eles aprenderia uma extraordinária lição. Algo que a faria admirá-los e seguir-lhes o exemplo.

No seu primeiro dia de trabalho, um colega da empresa a veio apanhar em casa e eles seguiram, juntos, no carro dele.

Ao chegarem, ele entrou no estacionamento, uma área ampla para mais de 200 carros.

Como haviam chegado cedo, poucos veículos estavam estacionados, mas o rapaz deixou o seu carro parado logo na entrada do portão.

Assim, ela e ele tiveram que caminhar um trecho considerável, até chegar à porta da empresa.

No segundo dia, o fato se repetiu. Eles tornaram a chegar cedo e, novamente, o carro foi colocado logo na entrada.

Outra vez tiveram que atravessar todo o extenso pátio do estacionamento, até chegarem no escritório.

No terceiro dia, um tanto mais confiante, ela não se conteve e perguntou ao colega: "por que é que você deixa o carro tão distante, quando há tantas vagas disponíveis?

Por que não escolhe uma vaga mais próxima do acesso ao nosso local de trabalho?"

A resposta foi franca e rápida: "o motivo é muito simples. Nós chegamos cedo e temos tempo para andar, sem perigo de nos atrasarmos. Alguns dos nossos colegas chegam quase em cima da hora e se tiverem que andar um trecho longo, correm o risco de se atrasarem. Assim, é bom que encontrem vagas bem mais próximas, ganhando tempo."

O gesto pode ser qualificado de companheirismo, coleguismo. Não importa. O que tem verdadeira importância é a consciência de colaboração.

Ela recordou que, algumas vezes, em estacionamentos, no Brasil, vira vagas para deficientes sendo utilizadas por pessoas não deficientes.

Só por serem mais próximas, ou mais cômodas.

Recordou dos bancos reservados a idosos, gestantes em nossos ônibus e utilizados por jovens e crianças, sem preocupação alguma.

Lembrou de poltronas de teatros e outros locais de espetáculos tomadas quase de assalto, pelos mais ágeis, em detrimento de pessoas com certas dificuldades de locomoção.

Pensou em tantas coisas. Reflexionou. Ponderou...

E nós? Como agimos em nossas andanças pelas vias do mundo? Somos dos que buscamos sempre os lugares mais privilegiados, sem pensar nos outros?

Alguma vez pensamos em nos acomodar nas cadeiras do centro do salão, quando vamos a uma conferência, pensando que os que chegarem em cima da hora, ocuparão as pontas, com maior facilidade?

Pensamos, alguma vez, em ceder a nossa vez no caixa do supermercado a uma mãe com criança ou alguém que expresse a sua necessidade de sair com maior rapidez?

Pensemos nisso. Mesmo porque, há pouco mais de dois milênios, um Rei que se fez carpinteiro, ensinou sabiamente: "quando fordes convidados a um banquete, não vos assenteis nos primeiros lugares..."

O ensino vale para cada dia e situação das nossas vidas.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em narração de fato real.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Partidas Coletivas

No cair da tarde chuvosa do dia 17 de julho de 2007, em São Paulo, no Aeroporto de Congonhas, um desastre aéreo abalou a opinião pública e deixou um saldo de duas centenas de mortos.

A comoção atingiu patamares internacionais, vez que, entre os passageiros daquele vôo estavam estrangeiros, tanto quanto pelo elevado número de vítimas.

Estima-se seja um dos desastres aéreos com maior número de vítimas.

Logo, começaram a ser transmitidas, junto com o dantesco espetáculo do fogo, das explosões que se sucediam, as cenas de desespero de parentes das vítimas.

Uns gritavam pelos nomes dos que haviam partido, dilacerados de dor. Outros, já clamavam por justiça, invocando direitos e normas não respeitados.

Por fim, um ou outro, abraçava-se, aliviado, ao familiar que deveria estar naquele vôo, mas foi desviado para outro, pelos motivos mais diversos.

Depoimentos de quem se zangou por ter perdido o vôo e agora, agradecia por não estar nele.

Informações desencontradas, esforço hercúleo de bombeiros para o resgate, trabalho de repórteres, jornalistas, cinegrafistas, fotógrafos...

Mais uma tragédia que nos leva a indagar: por que permite Deus tais acontecimentos tão trágicos?

Por que um vôo de pouco mais de hora, realizado com sucesso, se transforma numa tragédia na chegada? Na hora do pouso?

Naturalmente, as autoridades competentes levantarão dados e se descobrirá, quem sabe, se a culpa foi da chuva torrencial, da pista do aeroporto, de problema mecânico, de falha humana...

Mas, a indagação persiste: por quê?

Por que jovens cheios de sonho tiveram sua vida ceifada desta forma? Por que pessoas que retornavam aos braços de seus amores morrem desta forma?

Por que tudo acontece, assim, sem a derradeira possibilidade de um abraço de despedidas? Por que?

Se Deus é amor, por que permite tais acontecimentos que destroçam famílias e destroem vidas felizes?

Tudo na Criação é harmonia. Tudo revela uma previdência que não se desmente, nem nas menores, nem nas maiores coisas.

As grandes partidas coletivas estão na pauta da justiça Divina. Ninguém recebe algo que não deva.

Desta forma, tragédias desse porte reúnem espíritos que têm comprometimentos para com a Lei Divina.

Recambiados para o Mundo Espiritual, de forma brusca, ressarcem o que devem à Lei.

As famílias que sofrem as dores superlativas estão envolvidas no mesmo processo.

Nada de errado, portanto, se pensarmos na Justiça Divina que a cada um dá segundo as suas obras.

E que, conforme o preceito evangélico, a semeadura é livre, mas a colheita se torna obrigatória.

Contudo, se a Justiça Divina age, também sua misericórdia se estende.

E, os que cremos na vida além da vida, temos a certeza de que todos os espíritos que pereceram no desastre aéreo, receberam apoio espiritual.

Seus anjos de guarda, enviados de Deus, os ampararam no trânsito desta para a vida verdadeira.

Aos que permanecemos na carne, aguardando o nosso momento da partida, cabe-nos orar pelos que se foram. Pelos que ficaram.

Pelos corações de mães destroçados, pelos cônjuges feridos, pelos órfãos, pelos enamorados, pelos amigos, por todos os que sofrem a ausência dos amores.

E, enquanto aguardamos a própria partida, orarmos ainda mesmo por nós, para que, em chegada a hora, estejamos a postos e preparados.

Seja a partida pelos braços da enfermidade, de forma lenta.

Ou de forma repentina, por acidente orgânico, meteorológico ou qualquer outro.

Pensemos nisso!
 


ESPECIAL:


de R$ 25,00
por R$ 22,00
Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

2012 - O ano fatídico !

Fala-se, certo calendário
Há muito tempo construído
Prediz uma mudança brusca
Para toda humanidade

Não sei se é verdade
Nem se posso nele acreditar
Não é fácil de compreender
Tudo que está para acontecer

Uma nova mentalidade
Sentimentos renovados
Na mente dos humanos
Amor, paz e caridade

Um raio de luz vai nos atingir
Removendo de nós a fera
Vindo do centro da galáxia
Arauto de uma nova era

Assim, uma encruzilhada surge
O homem terá de decidir
Fazer sua renovação
Ou toda a humanidade sucumbir

Esse é o recado profético
Dá pra acreditar no que está anunciado?
Esperemos pra ver,
Só falta um giro planetário

Raimundo (00:58 horas de 02/02/2011)

Transição Planetária

Queridos amigos, estas são reflexões imprescindíveis, que todos nós, espíritas, comprometidos com a divulgação e vivência dos ensinamentos do Espiritismo, necessitamos fazer, compreendendo que estamos sendo convocados, diretamente, para contribuir com o processo de regeneração da Humanidade.
Minha proposta aos queridos amigos é a de observarmos mais atentamente a mensagem-revelação do Espírito Órion., contida no livro Transição Planetária.
Ressaltarei desse capítulo, que é o terceiro, os pontos referentes à convocação que é feita pelo emissário que veio de uma das Pleiâdes (constelação do Touro), especialmente a nós, espíritas.
Incialmente apresento algumas considerações.
O livro Transição Planetária, a meu ver, é a obra mediúnica mais importante dos últimos tempos ao abordar o grandioso processo da renovação planetária, conforme está predito, e como isso se realizará, para que a Terra alcance o patamar da regeneração.
Jesus, no Sermão profético (Mt c.24 e 25; Mc c.13; Lc 21:5-36) fala do
“princípio das dores” e da“grande tribulação”.
Em O Livro dos Espíritos, em resposta à questão 1019 proposta por Allan Kardec, o Espírito São Luís elucida, com muita clareza, o que deverá ocorrer para que o bem reine na Terra. Também em A Gênese, cap. XVIII, Kardec aprofunda os esclarecimentos com relação à grande transformação moral e espiritual do planeta.
Na magnífica obra mediúnica Há dois mil anos, (FEB, 1939), Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, relata no cap. VI da segunda parte, intitulado “Alvoradas do reino do Senhor”, o discurso de Jesus (texto que divulguei há 3 anos para todos os nossos grupos), quando recepcionava um grupo de mártires sacrificados no circo romano. Segundo Emmanuel, o Mestre fez naquele momento sublime, “a exposição de suas profecias augustas”. Nessa importante profecia – recordemos que isto aconteceu há dois mil anos –encontramos detalhes de como se dará a transição, que ora está em curso.
No ano de 1948, a FEB lança o livro Caminho, verdade e vida, de Emmanuel/Chico Xavier, em cujo cap.140, intitulado “Para os montes”, o autor espiritual tece comentários sobre um dos versículos do Sermão profético, conforme Mt 24:16. O texto é notável pois traça um panorama - àquela época –do que estamos vivendo hoje.
Recentemente, a Mentora Joanna de Ângelis, através de Divaldo Franco, divulga a mensagem intitulada “A Grande transição”, (livro Jesus e Vida – LEAL, 2007) excelente esclarecimento sobre o tema que estou enfocando. Interessante assinalar que esta mensagem foi transmitida, penso eu, como preparação para o livro Transição Planetária , que é o objeto de nossas reflexões.
Todos os textos acima evidenciam que a importante contribuição do querido Benfeitor Manoel Philomeno de Miranda, está doutrinariamente fundamentadanas obras citadas.
A obra Transição Planetária, traz, portanto, minuciosos esclarecimentos acerca do processo da regeneração do planeta Terra. Sendo assim é imprescindível que todos os que estarão recebendo essas reflexões estejam em dia com a leitura desse livro. E quem já leu releia...
A seguir, observemos o trecho em que Órion esclarece a vinda de milhares de Espíritos da mesma Esfera ao qual pertence que, inicialmente, estarão se dirigindo às comunidades espirituais (que são denominadas entre nós de ‘colônias espirituais’) que estão próximas à Terra, expondo o grandioso programa ,“de forma que, unidos, formemos uma só caravana de laboriosos servidores, atendendo as determinações do Governador terrestre, o Mestre por excelência.”
“De todas essas comunidades(colônias espirituais) seguirão grupos espirituais preparados para a disseminação do programa, comunicando-se nas instituições espíritas sérias e convocando os seus membros à divulgação das diretrizes para os novos cometimentos.
Expositores dedicados e médiuns sinceros estarão sendo convocados a participarem de estudos e seminários, para que seja desencadeada uma ação internacional no planeta, convidando as pessoas sérias à contribuição psíquica e moral em favor do novo período.”
É importante que leiam todo o capítulo e que atentemos para as advertências que Órion transmite. Claro que os testemunhos acontecerão, como podemos imaginar.
Na parte final da mensagem ele afirma : “ O modelo a seguir permanece Jesus, e a nova onda de amor trará de retorno o apostolado, os dias inesquecíveis das perseguições e do martirológio que, na atualidade, terá características diversas, já que não se podem matar impunemente os corpos como no passado...”
Queridos amigos, agora já sabemos.
A sintonia com essa programação depende de cada um, desde que aceite participar. Mas penso que todos estamos, vibratoriamente e honrosamente,engajados nesse nobre propósito.
Como diz Joanna, aamorável Benfeitora de todos nós:
“Aclimatados à atmosfera do Evangelho, respiremos o ideal da crença...
E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos.
Jesus espera: avancemos!
Suely Caldas Schubert - 18/01/2011